Atualizado 15/07/2019

No final de semana passado foi um quiproquó. Em pleno sábado, acordo com uma mensagem da minha mãe — que está na Europa com quatro irmãs numa viagem de 30 dias — dizendo que uma delas havia sido roubada (em Barcelona) e que o ladrão levou tudo: dinheiro, cartões de crédito e passaporte.

Devolvi a mensagem: faça um boletim de ocorrência e vá ao consulado solicitar outro documento. E ela: mas hoje é sábado, o consulado está fechado e amanhã temos voo para Madri. Aí, começou a correria. Como tirar um novo passaporte se o consulado estava fechado? Como minha tia poderia embarcar no voo do dia seguinte sem qualquer documento que a identificasse?

Para resumir a história, depois de horas, consegui o telefone de emergência de consulado — um celular publicado no site deles — e quem atendeu foi a vice-consulesa Cristina. Ela perguntou se não dava para elas adiarem a viagem para Madri e irem ao consulado na segunda –feira. Eu disse que se elas não embarcassem no dia seguinte para Madri ocorreria uma série de cancelamentos com passagens aéreas e hotéis, acarretando um enorme prejuízo — financeiro e emocional.


As cinco mocinhas da Europa em Madri, depois do susto. Da esquerda para a direita: Tia Olga, Tia Julia, minha mãe (Sílvia), Tia Izabel e Tia Neuza.

Já numa segunda conversa por telefone, a vice-consulesa pergunta para o Raul: mas elas foram em excursão, né? E o Raul: “Rapaiz, são cinco idosinhas viajando por conta”. A vice-consulesa, boa alma e, muito provavelmente horrorizada, determinou: diga para ela preencher o formulário no site, tirar uma foto para passaporte e anexar uma fotocópia do documento de identidade (que foi enviado para minha tia por e-mail, digitalizado). Depois, liguem de novo para mim, finalizou.

Assim que as cinco mocinhas da Europa providenciaram tudo, ligaram para a vice-consulesa que foi ao encontro das meninas e abriu o consulado em regime de emergência, em pleno sábado, à noite. Quase à meia-noite minha tia recebia seu passaporte novo para continuar a viagem.

O que a gente pode aprender com essa história:

1. Nunca, nunquinha, jamé você deve andar com todos os documentos e dinheiro em um só lugar, muito menos na bolsa (caso da minha tia, que colocou tudo dentro de uma bolsa que havia acabado de comprar em Roma). Use o money port, aquela pochete fininha feita para usar debaixo da roupa, vendida em lojas de malas.

2. Digitalize seus documentos e cartões de crédito e envie uma cópia para seu e-mail. Isso facilita no caso de ter que cancelar os cartões ou de ter que emitir novo passaporte. Se você ficar receoso de mandar para seu e-mail (medo de invasão de hacker, por exemplo) crie um e-mail que só você conheça para mandar as digitalizaçõs. E memorize a senha, por favor!

3. Se a perda ou roubo acontecer nos fins de semana ou feriados o pepino é bem maior. Os consulados não funcionam nestes dias. E, embora, ofereçam um telefone de emergência, eles costumam atender somente os casos que consideram graves como prisão, morte ou hospitalização de cidadão brasileiro. O fato da vice-consulesa ter atendido minha tia às dez horas da noite entra no rol tive-sorte-de-encontrar-uma-pessoa-de-muito-boa-vontade!

Obrigada, Cristina! Profissionais como você sempre deixam um legado e fazem toda a diferença na história das pessoas.

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Foto: Arquivo Pessoal

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