–  Atualizado 09/04/2012

Esqueça a sofisticação que acompanha muitos dos restaurantes estrelados. O Mocotó preserva a tradição cultural, mantém a simplicidade como aliada e une alta gastronomia com regionalismo. O restaurante fica na Vila Medeiros, numa quadra singela e longe do burburinho gastronômico paulistano. Há quase 40 anos era um empório que vendia carne seca, rapadura, farinha e um caldinho de mocotó que ficou famoso na vizinhança e acabou dando nome ao estabelecimento.

Mas a fase gorda e áurea do Mocotó começou há 8 anos quando o chef-gato-lindo-de-morrer, Rodrigo Oliveira, assumiu o restaurante. Colocou em prática tudo o que aprendeu com os pais – nordestinos e fundadores da casa. Levou para a cozinha do restaurante aquilo que faz a diferença: técnica, estudo e paixão.

Fomo numa sexta-feira, na hora do almoço. Não havia filas, mas nos fins de semana os clientes costumam se aglomerar na porta para disputar uma mesa. O cardápio tem uma receita mais salivante do que a outra: sarapatel, favada, feijão de corda, dobradinha, atolado de bode, lingüiça de pernil artesanal, carne de sol assada, pirarucu, entre outra delícias. Os dadinhos de tapioca – R$ 16,90 – (cubinhos de tapioca com queijo coalho servido com molho de pimenta agridoce) estão entre os petiscos mais solicitados.

Pedimos uma porção de torresmo (R$ 3,90). Olhe para a cara disso. Nunca vi igual. Uma carne macia por dentro e uma casca crocantinha por fora. O melhor torresmo que já provamos!