Atualizado 16/08/2015

Há mais de 15 anos faço esse trajeto. Lá pelos idos de 1995 fui parar no SBT de Campo Mourão, noroeste do Paraná. Nas folgas ia para Londrina, onde estava toda minha família. De busão da Expresso Nordeste. Sempre percorrendo este trecho da PR 444… e lá estava ela. Quieta.

Meses depois fui “promovida” para o SBT de Maringá (retransmissora que, aliás, nem existe mais). Comprei um carro e as viagens de fim de semana ficaram mais fáceis e rápidas. Mas o trecho era o mesmo… e lá ela estava. Pequena, mas imponente.



Alguns anos mais tarde voltei para Londrina, atuando na TV gRobo da minha cidade natal. Mas deixei namorado em Maringá, hoje meu marido – que havia conhecido no trabalho. E embora vivendo com a família novamente, o pequeno percurso de pouco mais de 100 quilômetros – distância que separa as duas cidades – não me abandonou. Agora fazia o caminho inverso para visitar o Raul. E ela sempre lá! Simplória e enigmática.

De busão, carro (e até de táxi em uma oportunidade) percorri muitas vezes este trecho da PR 444, no Norte do Paraná. O que faço até hoje, na peregrinação dos feriados: um par de dias na casa dos meus pais, outro par de dias na casa dos meus sogros.

A certa altura da estrada duplicada… e lá está ela. Uma igrejinha de madeira azul, sempre fechada (eu pelo menos nunca tive a sorte de ver o santuário aberto em mais de uma década) e emoldurada por um caminhãozinho GMC enferrujado. É a marca de uma memória. Parte da minha história.

Fotos: Raul Mattar