Publicado 16/03/2009
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Atualizado 29/01/2016
Muita gente nem sabe que o Paraná tem cidades históricas. É certo que as de Minas Gerais são hour-concour no quesito casario, obra de arte e número – elevado – de visitantes.
Mas quem vem a Curitiba deveria programar um fim de semana inteiro somente para fazer a viagem de trem pela Serra do Mar e, de quebra, conhecer Morretes, Antonina e Paranaguá.
Elas estão bem próximas da capital. Morretes fica a 67 quilômetros de Curitiba e Paranaguá, por exemplo, a 84 quilômetros. De carro, em uma hora chega-se a qualquer uma delas.
Aliás, para chegar a Morretes você pode pegar o trem ou descer pela Estrada da Graciosa, um dos passeios terrestres mais bonitos do Brasil. (Dá para pegar a BR 277 e pagar o pedágio de R$ 12,50. Mas além de ficar mais caro, não tem graça!)
A pequena Morretes ficou famosa pelos seus 23 restaurantes – todos oferecem o tipiquíssimo Barreado , casarões relativamente preservados e ruas arborizadas. Está ao pé da Serra do Mar e apresenta clima beeem quente e abafado no verão.
Melhor ir no outono ou primavera.
Os nativos que vendem produtos da terra – como a bala de banana, cachaça e farinha – armam as barracas da feirinha todo sábado, domingo e feriado.
Ficam na praça central, rodeando o rio Nhudiaquara, que corta toda a cidade e já foi a única ligação entre planalto e litoral no século 16.
As corredeiras do rio são propícias para a prática do boia-cross e para banhos refrescantes.
Para alugar as boias vá ao povoado Porto de Cima – a seis quilômetros de Morretes. Como não sou adepta do gênero fluvial, aproveitei para visitar a igrejinha colonial do lugar.
A Igreja de São Sebastião está bem em frente à praça principal de Porto de Cima e foi tombada pelo patrimônio histórico do Paraná. Mas está bem feinha e, aparentemente, mal cuidada.
Morretes foi muito importante para o desenvolvimento do estado.
Tem patrimônio cultural, histórico e natural. No entorno existem caminhos coloniais – como o Caminho de Itupava – com cascatas, que atraem adeptos do montanhismo e pessoas que gostam de natureza em geral.
A novidade para mim (só vi, não embarquei) foi o passeio na “gôndola” morretense. Um tiozinho improvisou uma canoa e por R$ 5,00 (cincão!) leva os turistas para uma voltinha pelo rio Nhudiaquara. Como estava com a Mariana preferi não arriscar. Já perdi as contas de quantas vezes estive em Morretes. É na simplicidade do lugar que construí fins de semana criativos, agradáveis e bem saborosos.
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Fotos: Raul Mattar | Todos os direitos reservados.