Publicado 28/02/2008 –
Atualizado 24/08/2010
História real – Parte I:
Minha mãe em uma padaria de Madri: – Hay pan francés?
O padeiro: – No, señora, solamente pan español.
Eis aí um causo verídico de uma tentativa frustrada de comprar o nosso amado pãozinho de cada dia. No norte do Paraná a gente chama de “Pão Francês”. Mas cada cidade ou região do país dá um nome diferente ao carboidrato mais delicioso do café da manhã: pão de sal, pão de bico, pão d´água, média, carioquinha, filão e até cacetinho!!! Lá em Porto Alegre, por exemplo, você pede “dez cacetinhos, por favor!”
Eu também gosto de pão de forma, ciabatta, baguete, bisnaguinha, pão de centeio, broa, pão sírio, pão preto, qualquer tipo de pão doce e até pão amanhecido ou “pão de véspera” como dizem por aí. Mas o melhor café da manhã do mundo deve ter o meu pão francês. Tá, pode ser um cacetinho, como preferir. Desde que seja um cacetinho com manteiga. Manteiga Aviação. Se for na padaria perto de casa, então…
Eu – que acho uma deselegância do mercado de trabalho obrigar a gente a acordar cedo – até gosto de sair da cama uns 10 minutos antes do previsto se isso significar uma passadinha na padaria antes de pegar no batente. Acabei aprendendo a degustar um pãozinho fora de casa justamente por causa das minhas viagens mão-de-vaca-muquirana. Diária de hotel mais econômica – com raras exceções – quase nunca inclui café da manhã.
O jeito é se virar no mercadinho ou na padaria mais próximos. É o barato que sai barato, de verdade. Sem falar no barato de se dar ao luxo de sentar e pedir um pingado com um pãozinho de sal (agora pega mal falar cacetinho) lambuzado com manteiga Aviação. A que vem na lata, claro.
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Fotos: Raul Mattar