Publicado 30/07/2007
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Atualizado 07/06/2019

Não da minha última viagem à Europa. Mas daquele concursinho fajuto, organizado por um milionário oportunista, que conseguiu ficar ainda mais rico às custas dos nossos clicks para eleger o Cristo Redentor. (Sim, eu votei no Cristo, porque sou brasileira e não desisto nunca!). Até hoje não entendi quais foram os critérios para selecionar as novas maravilhas do mundo moderno. Misturar em uma mesma categoria as ruínas de Machu Picchu e uma construção moderníssima como a Ópera de Sidney só me deixou mais confusa.
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Com o resultado final, divulgado no começo do mês, todo mundo ficou cochichando que o palácio andaluz Alhambra, em Granada, foi completamente injustiçado por não figurar entre os sete mais votados. Mas quem não poderia ter ficado de fora foi o único castelo de areia gigante construído no meio de uma cidade: a catedral Sagrada Família, de Antonio Gaudí, em Barcelona.
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O projeto começou quando Gaudí tinha 31 anos e foi o último de sua vida. Dedicou mais de 40 anos à obra. O arquiteto morreu e não deixou nem os esboços para que pudessem finalizar o monumento mais criativo e genial dos últimos séculos.
Diversos artistas, engenheiros e arquitetos já deram várias contribuições, tentando finalizar a obra. Mas já se passaram mais de 70 anos desde a morte do visionário catalão e a previsão é de que fique totalmente pronta só em 2025.
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No meu concurso particular para eleger as novas maravilhas do mundo eu colocaria o monumento em destaque pelo simples fato de ser único e original: tem inusitada e conflitante arquitetura, está em construção há 125 anos e a gente pode brincar de fazer sagradas famílias nas areias de qualquer praia do Brasil.
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Fotos: Raul Mattar | Todos os direito reservados