Atualizado 05/02/2016

Eu vou para a Terra do Nunca. O foco é mesmo desaparecer. Virar purpurina, que seja!

De preferência ir para algum daqueles lugares que nunca existiram porque – suponho – lá ninguém nem teria ouvido falar em confete, abre-alas, Sabrinas, Gracyannes, abadá ou trio-elétrico.

Pensei em ir para Atlântida, o continente perdido. Civilização avançada, espiritualmente evoluída, um luxo cultural. Mas dizem que chove muito por lá e que está tudo inundado. Nessa época do ano, é provável também a incidência de tsunamis na região.

E tem essa coisa do zika aí. Além do que, os atlantis são subaquáticos. E eu não aprecio mergulho. Então, deixa pra lá.

Depois confabulei: vou para Etérnia, o planeta do He-Man. Isso, Etérnia! Imagine só, encontrar aquela gracinha do Gorpo e ainda visitar o Castelo de Greyskull. Sou fascinada por turismo histórico e esse castelo, especialmente, me faz lembrar velhos amigos de infância como o Daniel Azulay, por exemplo.

Huumm, só há um incoveniente, a chata da She-Ra! Pelo estilo da moça aposto que ela lê a Caras (em Etérnia deve ter Internet). Pensando bem, é chegar lá e encontrar a banda armada… e a fofis, de Rainha da Bateria. Não, melhor não.

Imediatamente me recordei de Krypton, terra natal do Super-homem. Fechado: um lugar excêntrico, tecnologicamente pioneiro e bem pacato! Dizem que é só chegar e o visitante recebe um kit olhos-de-raio-x e uma asa-delta-automática. (É que lá todo mundo voa.)

Sem falar que eu ainda posso conhecer a casa do Christopher Reeve, o homem mais lindo da terra. Quer dizer, de Krypton. Êita, só tem um detalhe, criptonita me dá azia.

Sítio do Pica Pau Amarelo também estava na minha lista. Mas apesar de ser apaixonada pelo Saci-Pererê, estou de dieta e passar o carnaval fazendo turismo rural, com comida da fazenda, bolo de milho, leitão à pururuca… não ia dar certo!

Meditei mais um pouco e me lembrei: Shangri-lá! Um lugar paradisíaco fincado em alguma montanha do Himalaia. Tão bem descrito no livro Horizontes Perdidos, de James Hilton, que muitos países da Ásia reclamam para si o improvável lugar que inspirou a construção fictícia de Shangri-lá!

Acho que ia ser bem divertido. Fica ali, mais ou menos na altura do Tibet. Provavelmente deve ter espaço para meditação (Será que consigo?), silêncio. É pra lá que eu vou! Oooommmmm…

Pera, não. Tem que levar repelente. E eu desconfio de destinos que incluem repelente no manual de sobrevivência. Sei lá, boa coisa não deve ser!

Quer saber? Vou-me embora pra Pasárgada! Lá, pelo menos, sou amiga do rei que de Momo nada tem.

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