Não dá para entender. A 14 quilômetros de Morretes temos Antonina – que já foi uma das maiores sedes portuárias do Brasil. Ela tem o melhor carnaval do Paraná, um Festival de Inverno descolado, casario de cores fortes, ruínas seculares e também serve o Barreado, tradicional na gastronomia do estado.

Mesmo assim, é bem mais acanhada no quesito número de visitantes. Enquanto Morretes ferve aos domingos, Antonina se mostra pacata em meio a 300 anos de história e construções coloniais. Nos fins de semana (quando não há eventos), a maioria das lojas fecha e nem a reforma no Mercadão Municipal alavancou o turismo local.

Para começar a Estação Ferroviária de Antonina está desativada. Quem fizer o passeio de trem até Morretes deve pegar lá um ônibus metropolitano da Viação Graciosa para chegar até aqui. São 40 minutos de viagem. O bilhete custa R$ 3,20. O prédio da estação foi erguido em 1916 e passou por uma grande restauração. Hoje abriga um espaço cultural e Centro de Apoio do Turismo e Esporte.

A cidade viveu seu tempo áureo no Ciclo da Erva-Mate, no século 19. Ruínas de um antigo depósito da erva oferecem uma vista charmosa da Baía de Antonina. Ah, e mais essa: por aqui tem mar! Pena que o trapiche, próximo à Praça Feira-mar, esteja interditado há quase dois anos e embora uma placa do governo instalada no local prometesse o fim da obra para fevereiro, o acesso continua bloqueado.

Com calçadas de pedra, Antonina tem patrimônio tombado, uma tentativa de preservar – além da história – a memória do lugar. O pequeno município de 20 mil habitantes é também berço de diversas manifestações populares e folclóricas como o Fandango.

Aproveite para gastar todos os gigas do seu cartão da máquina fotográfica aqui. Se você pegar um fim de tarde ensolarado vai presenciar a cidade paranaense mais fotogênica do litoral. É o típico caso em que os detalhes fazem a diferença.

Conheça a igreja matriz, vislumbre o colorido sem precedentes dos casarões. Mas não se anime muito com o mercadão municipal. Parece pegadinha. O mercado – que como qualquer outro do gênero deveria ter frutas, legumes, lojinhas e iguarias – tem apenas UMA loja de artesanato, UMA mercearia, UM restaurante e… só! Todos os outros espaços estão disponíveis para locação. Desde 2007!

O que recomendo é passar pelo mercado, no único restaurante do local – o Cantinho de Antonina – para comer o pastel de siri. Custa R$ 3,00 e a vista para a baía sai de graça!

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Fotos: Raul Mattar | Todos os direitos reservados.