Para os amantes do mar que, invariavelmente, metem a boca quando digo que não gosto de praia… até que eu já conheci um par delas.
Que fique claro: não caio na conversa do “mar calmo, areias brancas e coqueirais”. Quando viajo gosto de ter o que fazer. Ainda não consigo só lagartear e comer o dia inteiro.


Prefiro passear pelo calçadão (quando existe um), sair sem rumo pelas vilinhas que circundam a maioria das praias descoladas, conhecer o centro histórico e visitar as lojinhas de artesanato típico.
Se tiver alguma aldeia indígena por perto, então… pode ter certeza de que vou lá bater um lero com o pessoal da tribo. (Não, não compro mais cocar. Agora só imã de geladeira).
Quando fui à Costa do Sauípe, na Bahia, conheci a Praia do Forte, antigo reduto de hippies e destrambelhados (no sentido bonzinho da palavra).



Fica a 50 quilômetros de Salvador e, claro, como quase toda encosta que recebeu um resort no nordeste, era uma antiga vila de pescadores.
A rua principal é toda coloridinha, cheia de cafés, restaurantes com uma igreja colonial de fundo, a Capela de São Francisco de Assis. O lugar é rústico, mas longe de ser muxibento.

Pelo contrário, tudo por aqui é charmoso, sofisticado e ainda por cima abriga uma das sedes do Projeto Tamar, aquele que preserva as tartaruguinhas.
Para enfeitar ainda mais o pavão, a Praia do Forte tem aquele apelo irresistível das piscinas naturais que se formam ao longo do dia, propícias para aquele momento patrão a que todos temos direito uma vez na vida.

Fotos: Raul Mattar


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