Atualizado 29/11/2016

Qualquer visita às Cidades Históricas de Minas Gerais deve incluir, como ponto alto, uma parada no município de Congonhas. Não sou eu que digo. Mas todo e qualquer especialista em arte ou com um mínimo interesse em patrimônios da humanidade. A cidade em si não reserva muitos atrativos.

De fato, quem chega aqui vai direto ao cume: o Santuário do Bom Jesus de Matosinhos – um complexo arquitetônico e artístico que reúne uma igreja, adro com esculturas e seis capelas ao redor.

Considerada uma das grandes obras-primas de Antônio Francisco de Lisboa (o Aleijadinho), a basílica abriga no adro 12 profetas esculpidos em pedra sabão. Mesmo com meu passeio parcialmente comprometido por uma quermesse (ao redor da igreja diversas barraquinhas impediam uma boa foto geral do santuário) é absolutamente arrebatador presenciar todo o conjunto da obra.

Cada um dos profetas está numa posição diferente, fazendo gestos distintos. Parece que conversam entre si. Todos trazem características que constituem o traço da escultura de Aleijadinho como olhos espaçados, lábios entreabertos e queixo pontiagudo.

Na parte externa, já fora do adro, estão as seis Capelas dos Passos, pequenos templos com cenas da Paixão de Cristo. As imagens, talhadas em cedro, foram totalmente restauradas de acordo com o projeto inicial de Aleijadinho. A visita guiada é fundamental.