Atualizado 26/10/2011





1. O destino está barato. Um pacote de cinco dias, com avião e hotel, fica em torno de US$ 400,00 – comprado com antecedência e fora dos feriadões. Com este valor você também pode ir para Natal ou Maceió – aliás, outras ótimas opções. A diferença é que Buenos Aires, além de ser um destino internacional, nunca esteve tão disponível aos brasileiros.


2. Acabou a cafonice. O famosésimo designer francês
Philippe Starck – o mestre da vida,
já deixou a marca dele por aqui. Contratado para recriar todo um quarteirão da cidade, a primeira investida de Starck foi (re) desenhar uma construção inglesa de 100 anos, que hoje abriga o espetacular Hotel Faena, no dique 02 de
Puerto Madero (foto acima). Diárias a partir de US$ 350,00. (Quem sabe numa outra vida.) Mas é possível conhecer o hotel-design comendo em um dos seus restaurantes, o El Mercado. Uma pizza, claro. Tem que reservar. Calle Martha Salotti 445, tel. 4010-9000.


3. Parece mesmo um canto da Europa. Um pouco decadente, admito. Mas a cidade nasceu para ser a Paris sul-americana. Quase conseguiu: cheia de cafés, muitas livrarias, edifícios neo-clássico-rococó, praças arborizadas enormes no centro e até Carlos Gardel – dizem – veio de lá.


4. O melhor do tango, obviamente, está aqui. E por toda parte. Há vários estilos: shows no estilo Broadway, intimista ou ao ar livre. Quem não quiser ver (e pagar) pelos grandes espetáculos tem a possibilidade de testemunhar os inúmeros shows na rua. De graça.


5. Cada bairro é um tour – ou uma cidade – diferente. Existem poucas no mundo com esta característica – talvez São Paulo, Jerusalém e a própria Paris. Isso quer dizer que os principais pontos turísticos não são um ponto exatamente, mas alguns quarteirões inteiros. Entre eles
La Boca, San Telmo, Palermo e Abasto.

6. É o segundo lugar do mundo – dos que conheço – e talvez o único das américas que tem sorvete de marrom-glacê. (O primeiro é Paris, por supuesto!) Eu me lembro do marrom-glacê daquelas latinhas (iguais as de goiabada) que eu comia inteira quando criança. Pois aqui tem sorvete disso! Se sorvete por si só já é uma perdição, imagine a combinação dessas duas coisas? Procure pela sorveteria Persicco, há vários endereços na cidade.


7. Dá para pegar um táxi de vez em quando sem ter que cortar a janta. Uma corrida da Recoleta (região central) até Palermo Hollywood (onde começa o agito) sai por uns 19 pesos ou o equivalente a R$ 8 (atualizado em setembro de 2011). Para completar, as linhas de metrô servem boa parte da cidade e o passe custa 1,10 pesos de pesos ou 0,45 centavos da nossa moeda. Um leque de abanar moscas. Ou seja, nada!

8. Para quem gosta de produtos em couro, achou o lugar. Mas isso não quer dizer que vai encontrar os melhores preços, mas sim a melhor
qualidade.

9. A cidade tem aquelas histórias – parecida em muita coisa com a nossa – de deixar o queixo caído: foi palco de ditaduras devastadoras, recebeu milhares de imigrantes e protagonizou um período de enorme força cultural. Até o espanhol Federico García Lorca morou por aqui no auge da sua carreira.


10. Buenos Aires é a cidade natal do escritor Jorge Luís Borges. Portanto, nada mais a acrescentar.

Fotos: Raul Mattar