Publicado 18/03/2019
Já fiz a
Travessia do Deserto do Sinai – que vai do Cairo (capital do Egito) a Eilat (cidade ao sul de Israel) – seis vezes. A primeira foi em 1999 e a última, neste mês.
Na primeira oportunidade, há 20 anos, fomos eu e minha grande amiga Cassiana, jornalista e escritora do blog
Aos 4 Ventos. Nós duas, xóvenzinhas viajando por conta, sem internet, celular ou dicas de blogs de viagem. 😀
Naquela época já dei por encerrados os meus sonhos de viagem. Foi uma profunda realização. Aqui, Moisés — aquele que vagou com o povo hebreu por 40 anos no deserto — recebeu os 10 Mandamentos, a Lei de Deus.
Depois da minha estreia no montanhismo (cof cof) há quase duas décadas, já voltei para cá em mais de meia dúzia de oportunidades. Subi o monte novamente há dois anos, quando vim como peregrina com a
Sacratour que, sem dúvida alguma, é uma das agências brasileiras mais preparadas para esta travessia! Veja
aqui o relato da minha viagem e peregrinação por Egito, Israel e Palestina.
(Hoje, Deus me permite colocar os pés nesta
Terra Santa liderando grupos de peregrinos para a mesma empresa! Se isso não for missão divina, não sei qual nome dar!) #mãozinhadeamém
ATRAVESSANDO O DESERTO DO SINAI
Saímos cedo do Cairo e pegamos a estrada em direção
ao deserto que corta a Península do Sinai. Só para efeitos históricos, a península esteve ocupada pelas forças israelenses durante a Guerra dos Seis Dias, em junho de 1967. Foi devolvida ao Egito em 1982, quando os dois países celebraram o tratado de paz.
A distância do Cairo até a cidade de Saint Catherine, que fica aos pés do Monte Sinai, é de quase 500 km feitos entre seis e oito horas. Neste trecho, vamos com um segurança armado dentro do ônibus. É uma exigência do governo egípcio quando estamos em grupos com mais de 20 pessoas. O veículo também é escoltado do começo ao fim.
Existem dezenas de barreiras policiais durante o caminho. Somos parados em todas. A fiscalização é rotineira e qualquer pessoa que fizer esse trajeto será abordado. Há indícios de que há focos do Estado Islâmico na Península do Sinai, mas ninguém sabe onde.