Publicado 14/09/2011
Não fiz um roteiro essencialmente gastronômico em Buenos Aires. Por certo, quando se viaja com criança nem sempre conseguimos cumprir toda a agenda programada. Conforme o ritmo do passeio e o grau de cansaço dos bacuris a gente tem que abrir mão de almoçar num lugar previamente reservado para dar de comer aos pequenos no primeiro buffezão que encontrar pela frente.
O restaurante Crizia entrou na minha wish list depois que vi indicações da Sylvia – viajante adicta especialista em Buenos Aires – e, mais precisamente, quando encontrei este post no Filigrana, o blog da Majô – outra apaixonada pela capital portenha. Aliás, para um restaurante entrar na minha listinha de preferências não precisa ter o chef do ano nem o ingrediente mais exótico do mundo, mas atendimento decente, comida honrada e, principalmente, preços honestos. Embora minha evolução espiritual tenha alcançado níveis de gastança consideráveis para uma mão-de-vaca-muquirana, ainda não consigo pagar R$ 250 por um pratinho enfeitado com um lagostim e dois grãos de bico.
Fiz nossa reserva para as 20h e quando chegamos o restaurante era todo nosso. Mas não se engane. O Crizia é adorado não só por turistas como pelos próprios portenhos. Antes das 21h a casa já estava cheia. O local lembra aqueles galpões reformados do SoHo de Nova York com pé direito altíssimo. A decoração é simples, sem rodeios ou firulas. Mas a penumbra proposital, suavizada por velas que reluzem nas taças de cristal deixam o ambiente apurado e aconchegante. Numa parte do salão, o detalhe que mais me impressionou: as mesas são separadas por longuíssimas cortinas…
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