Vim para Curitiba há sete anos. Nesse meio tempo estive na Espanha fazendo o mestrado. Voltei e aqui fiquei. Já se passaram mais de 360 finais de semana na capital do Paraná. Em pelo menos uns trezentos deles eu devo ter ido à feirinha do Largo da Ordem. O passeio, na verdade, começa no sábado.
O Largo da Ordem abriga as construções mais antigas da cidade e o meu ponto fraco: casario colorido. Toda vez que passo por aqui me sinto uma turista naïf. Aqui está a Igreja da Ordem Terceira de São Francisco, de 1737. É o passeio mais divertido e barato da cidade. Admirar não custa nada.
Mas já é fato: o centro histórico de Curitiba entrou para todos os guias mais por causa de uma das maiores feiras de artesanato da América Latina do que por seu conjunto arquitetônico. Domingão, faça chuva ou faça sol, e lá está ela!
É um grande mercado ao ar livre em que você encontra de tudo um pouco: pinturas, esculturas, bordados, lápiz de madeira, tricô, vela, bijuteria, cestas, chinelos, bolsas, flores, cortinas, toalhas, guardanapos, bonsai, mandalas, tapetes, bonecas, redes, e muitos etecéteras.
Só que o mais rico da feirinha são as pessoas. Desde os artesãos, passando pelos turistas e chegando até nós, gente normal e descontraída. Sem falar nos tipos curiosos que por ali aparecem: o cantor de ópera, o tio da sanfona, os irmãos cegos que cantam moda de viola, a estátua viva, a moça do tererê e o rapaz da massinha.
Lei nº 1: chegue cedo. A feira começa às 9h e nesse horário já está móóó balbúrdia. Lota, mas lota mesmo. São mais de mil expositores e 15 mil visitantes a cada domingo. No meio daquela muvuca, olhe para cima. Você verá o colorido dos edifícios históricos fazendo contraste com o céu azul. É uma visão extraordinária (no meu olhar matraca-apaixonado).
Lei nº 2: não leve muito dinheiro. A feirinha do Largo da Ordem tem o estranho poder de desencadear um transtorno obsessivo compulsivo por compras. É tudo tão baratim, facim, rapidim, bonitim que quando a gente vê está trazendo metade da feira para casa. Eu já não sei mais o que faço com tanto pano de prato e bonequinho de biscuit.
Como toda boa feirinha ao ar livre que merece ser visitada, a do Largo da Ordem tem uma ampla “praça” de alimentação. Confirmando a tradição emigrante da cidade são diversas barracas vendendo todas aquelas delícias proibidas durante a semana, como empanada, pierogui, acarajé, pamonha, bolachinhas, doces cristalizados, tacos mexicanos, espetinho de carne e os reis da festa: pastel de carne com caldo de cana.
Será que a gente se encontra por lá amanhã?
SERVIÇO
Local: Praça Coronel Enéas e Praça Garibaldi – São Francisco.
Horário: Domingo – 9h às 14h
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