Publicado 29/07/2009
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Atualizado 10/07/2010
Foto: Real Alcázar de Sevilha. (Matraca’s Image Bank)
3. Percorra Triana, o bairro do flamenco em Sevilla. Fica do outro lado do rio Guadalquivir. O local é perfeito para “ir de tapas” – expressão indispensável na Andaluzia. Faz uma referência à desenvoltura dos espanhóis que vão parando de bar em bar, mordiscando pratinhos de petiscos, acompanhados por cerveja, vinho ou tinto verano. As tapas geralmente vêm em porções generosas, custam poucoe valem por uma refeição.
4. Ali mesmo, na Andaluzia, faça das tripas coração para conhecer Ronda, uma cidade encravada ao pé de um desfiladeiro de 150 metros de altura. A Plaza de Toros mais antiga da Espanha está aqui, mas a “arquitetura” natural impacta tanto que será uma das mais belas recordações (e fotos) do país. Além do penhasco a seus pés a cada esquina, o centro histórico é mouro e medieval.
5. Para fazer câmbio, o Banco Santander – dois por quarteirão – geralmente oferece a melhor cotação. Mesmo assim, pesquise antes em algumas casas especializadas. Em tempo: o horário dos bancos na Espanha é bem diferenciado do resto da Europa. Abrem por volta das 8h30/9h e fecham às 14h ou 14h30. E funcionam no sábado, até às 13h ou 13h30.
6. A Ibéria é a principal companhia aérea da Espanha. Para fazer vôos internos consulte também a Spanair ou a Vueling. Compras feitas com antecedência garantem melhores tarifas. Nas companhias low costs verifique as taxas adicionais, se cobram por bagagem e em qual aeroporto vão descer.
7. As touradas – quer queira quer não – seguem entusiasmando gerações e gerações de espanhóis. Ainda que a apresentação tenha sido alvo cada vez maior dos ativistas pró-touro, as Corridas começam a partir de maio e vão até outubro. Arena cheia, sempre. Para tirar suas próprias conclusões, vá assistir uma ou visite Pamplona, durante o Sanfirmines – festa em que os touros saem em disparada. Na frente deles, espanhóis aficionados. “Um autêntico drama religioso”, nas palavras do poeta granadino Federico García Lorca.
8. Num bate-volta partindo de Barcelona, vá a Figueras onde está a Casa-Museu Salvador Dalí, dedicada ao genial pintor surrealista. O edifício, desenhado pelo próprio Dalí, é um evento a parte. O ingresso custa 10 euros. Na sua conta dos 50 euros por dia, é uma visitinha que pode ficar cara. Mas se você se controlar e não comer nenhuma paella naqueles restaurantes turistésimos do La Rambla, vai sobrar dim-dim. Para isso, consulte o Barcelona Grátis, um site que junta tudo o que a cidade pode oferecer nos próximos dias gratuitamente!
9. A rede ferroviária espanhola é um dos patrimônios da Espanha. Os rápidos (e caros!) Talgo e AVE levam você aos principais destinos. Mas há outras opções para quem quiser o jeito europeu de viajar – usando os trens regionais. Mais baratos, porém mais lentos. Fuce o site da Renfe.
10. Caso seu destino seja o norte da Espanha desfrute seu momento aposentado na Cantábria. A 30 quilômetros de Santander está Santillana del Mar, uma antiga vila medieval, com torres e palácios renascentistas. A dois quilômetros de Santillana, um luxo: as Cuevas de Altamira, uma importante amostra de arte rupestre. As pinturas têm em torno de 14 mil anos e são Patrimônio da Humanidad. O acesso às cuevas está fechado. Mas é possível visitar o Museo de Altamira, que traz reproduções dos desenhos pictóricos, incluindo o famoso bisonte (ou bisão). A entrada custa 2,40 euros. Gratuito aos sábados, a partir das 14h30 e aos domingos – dia inteiro.
11. Seu momento “tô podendo”: a marca espanhola Zara – que custa os olhos da cara aqui no Brasil – tem precinho de C&A na Espanha. Querendo ter seu momento extravagância (qualquer comprinha numa viagem com valores restritos é uma extravgância), encha a mala com modelitos que só chegarão aqui uma temporada depois e pelo dobro do preço.
12. Se em toda Espanha você tiver que escolher apenas um mercadão para visitar, fique com o La Boquería, em Barcelona. Está no coração do calçadão La Rambla. É um bonito edifício modernista cheio de cores e sabores, como manda o figurino em qualquer estabelecimento do gênero. Não paga nada para entrar e é cheio de frutinhas cheirosas por preços muy convenientes. Já o mercado de pulgas Encants Vells funciona nas segundas, quartas, sextas e sábados. De graça, claro.
Foto: Parc Güell, em Barcelona. (Raul Mattar)
13. Em qualquer café decente prove o churros com chocolate. Vai custar pouco e nada pode ser tão típico e aconchegante por aqui.
14. Para bolos e doces procure as pastelerías. Se quer a melhor variedade de frios e boa oferta de queijos busque uma charcutería. Para conhecer uma das maiores lojas de departamentos da Europa, o El Corte Inglés – com filiais espalhadas por todo o país – pegue seu mapinha da Oficina de Turismo. Eles vêm cheios de pontinhos verdes (cor da logomarca da empresa), indicando onde estão localizadas as unidades.
15. Inclua Málaga, se possível. Terra natal de Pablo Picasso, o maior artista que a humanidade conheceu. (Opinião minha, posso?). O Museo Picasso está na casa onde o pintor viveu. Único e intransferível.
MUITO BOM:comida boa e barata, em qualquer cidade a qualquer hora. E garrafa de vinho da principal região vinícola da Espanha – La Rioja – por 2 euros nos supermercados.
MUITO CHATO:os passes das grandes cidades – (o Madrid Card, por exemplo, custa 42 euros por 1 dia) que incluem visitação em vários museus e transporte público gratuito – são caros demais para o nosso padrão. Porque ninguém consegue visitar três museus, dois palácios e andar para cima e para baixo de ônibus e metrô em 24 horas.
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