Publicado por: Silvia Oliveira



Manaus





Cheguei… de novo! Quando o comandante falou “tripulação, preparar para o pouso” – eu tratei de pegar o manual de instruções que fica no “bolsão à sua frente” para relembrar o procedimento em caso de aterrisagem na água. “Lembrando que seu assento é flutuante”. O aeroporto de Manaus fica grudado ao Rio Negro (sim, esse marzão… é um rio) – que junto com o Solimões forma o Rio Amazonas. O avião vai descendo, descendo e a gente só vê água até onde a vista alcança.

Estive aqui exatamente há 10 anos. Da primeira vez foi assim também. Meu medo não é do aviar cair. Mas de morrer afogada. Tive uma imensa taquicardia, lábios brancos e mãos frias. Alívio que só chega com aquele solavanquinho suave das rodinhas (que alguns chamam de trem de pouso) tocando a pista. Fico aqui dois dias inteiros. Na verdade, quase três.

Esta é a última parada da Expedição Brasil Express – que começou há dois meses. Estou ansiosa e cansada. Ainda vou contar como foi a rotina Matraca nesse período. Alucinante seria um adjetivo fraco para descrever minha vida nos últimos 60 dias. Sei que não parece, mas eu até trabalho quando estou em Curitiba. Além de ter casa, marido e um bebê de um ano e 11 meses para cuidar! Rá!

Na bagagem…



Chinelo e shorts. Cidade quentíssima – adoooordo – e úmida. Nos pés, mais Brasil… impossível. Investi no tom Pistache da Impala. Ao fundo, o Palacete Provincial, enorme conjunto arquitetônico restaurado e reinaugurado em 2009. Era a antiga sede da polícia do Amazonas. Virou um centro cultural com pinacoteca e museus históricos. Sempre que der, mando notícias pelo twitter: @matraqueando

Fotos: Matraca’s Image Bank