Publicado 11/08/2009
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Atualizado 21/07/2018

Vista do Sena, o rio que corta Paris. (Foto: Diana Dima)
Não saberia dizer quando a história começou, mas até hoje qualquer coisa com pedigree francês tem pinta de ser chique, moderna, elegante, última moda e bem frequentada.
Para entrar no clube dos que têm bom gosto, sabem tudo de vinho, apreciam boa gastronomia, contemplam arte e filme-cabeça é fundamental ter no currículo uma viagem à França. Não que um passeio pelos arrondissements de Paris vá trazer tudo isso a você. Mas há séculos o país dita moda e impõe debates que vão da segregação racial à união civil de pessoas do mesmo sexo. A França é politizada – a revolta estudantil de 1968 é referência até hoje – e apesar da avalanche de turistas (recebe em torno de 73 milhões de pessoas por ano) mantém intacta sua identidade. A Revolução Francesa colocou fim à monarquia, mas nem Jean-Marie Le Pen – o ultraconservador político que faz José Sarney se sentir o último dos comunistas – mitiga o sopro sedutor que impõe vossa alteza, os franceses.COTIDIANO RURAL, S’IL VOUS PLAÎT
Interprete seu destino.
Não procure a França para depois falar mal dela. Concordo, existe uma certa resistência dos nativos em falar inglês. Aproveite você, então, para arriscar um Bonjour Madame ou Bonjour Monsieur.
Torre Eiffel, em Paris. (Foto: Guillaume Jautzy)
Esqueça essa papagaiada de que francês não toma banho. Os melhores perfumes vêm de lá, mas não para disfarçar qualquer cheirinho diferenciado e, sim, porque eles – quase sempre – são muito bons no que fazem. E c’est fini.
Em tempo: a França não se resume a Paris. Mas todo mundo (ou quase) só quer saber dela. De fato, a cidade introduz a riqueza cultural que você vai encontrar aonde vá pelo país.
Por mais que já tenha sido esquadrinhada pelos guias, ressaltada pelos artistas e exaltada pelos amantes, a capital francesa consegue sempre se reinventar. Seja nos cafés, nos bistrôs ou nos tradicionais monumentos. Motivo para a gente sempre voltar.
Mas você só vai conseguir decifrar o cotidiano do país quando considerar os castelos do Vale do Loire, se embrenhar nos campos de lavanda da Provence, ou degustar os vinhos da Borgonha. Sem falar dos vilarejos simples (e cinematográficos) nas regiões da Bretanha e Normandia, no norte do país.
No seu momento extravagância, consagre-se nos 300 quilômetros de praia da Riviera Francesa. Saint-Tropez, Cannes e Nice esperam você no mais cálido clima mediterrâneo. Não tente se ludibriar, a França é isso mesmo: uma sinopse de boa parte da Europa. Incluindo gente simples e comida regional… caseira.
O BARATO DA FRANÇA
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