Atualizado 15/10/2020

Você chega pensando que vai encontrar arte contemporânea – aquela corrente artística que muita gente costuma chamar de sem-pé-nem-cabeça – e acaba descobrindo um universo questionador que propõe o estranhamento seguido pela aceitação.

Percebe mais adiante que sem-eira-nem-beira… é sua própria falta de conhecimento!

Em algum momento pensei que pudesse não aproveitar muito a visita. Meu nível de compreensão quando se fala em arte varia do sofrível ao muito ruim.

Antes do Inhotim, uma obra bacana para mim era aquela que eu poderia ou gostaria de colocar na minha casa. Depois do Inhotim, também.

A diferença é que eu jamais conseguiria assentar na minha sala uma instalação cheia de alto-falantes que reproduzem um ambiente sonoro com marchas, canções de ninar, textos falados e composições musicais.

Nem eu nem estas crianças. Assim como elas, estamos acostumados – nós, os leigos – a pensar na arte de forma linear e tradicional: um quadro de natureza morta emoldurado na parede.

O Programa Educativo do Inhotim quebra este tipo de paradigma e abre as portas a grupos de crianças de escolas públicas e privadas.

Oferece a possibilidade de trabalhar diversos eixos temáticos. Promove de forma lúdica e interativa um diálogo sincronizado entre arte e natureza.

Como fundadora do Instituto Sol Miró – escola de espanhol com foco na capacitação através da economia solidária – fiquei absolutamente tocada com a preocupação do Inhotim em valorizar o patrimônio local.

Há incentivos que promovem a cidadania e a participação da população em conjunto com poder público. Existe uma aposta concentrada no desenvolvimento regional. O Inhotim acredita na arte, no meio ambiente e, principalmente, nas pessoas.

Fotos: Sílvia Oliveira | Todos os direitos reservados.

Leia também:

INHOTIM | Parte 1 – O complexo
INHOTIM | Parte 2 – Jardim Botânico
INHOTIM | Parte 3 – Cidadania e educação
INHOTIM | Parte 4 – Arte contemporânea

Como chegar ao Inhotim?

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Minha visita ao Instituto Inhotim faz parte da Expedição Brasil Express, by Matraqueando. Entenda o projeto.