Publicado 21/11/2018 – Atualizado 21/01/2019
A capital portuguesa possui bairros emblemáticos e com características próprias. Alfama é o mais tradicional deles e, também, o mais antigo da cidade. A região está cheia de escadinhas e ruelas pitorescas, onde portinhas singelas podem esconder as melhores casas de fado do país.
O melhor passeio aqui é se perder pelo labirinto medieval do bairro, que lembra muito uma tradicional aldeia portuguesa com roupas balançando nos varais improvisados nas janelas. Construções antigas são disputadas pelo comércio que já não tem mais para onde crescer. Carros circulam com dificuldade e, em alguns pontos, só se chega a pé.
Alfama tem um dos mais lindos mirantes de Lisboa e abriga o célebre Castelo de São Jorge. O bairro escapou ileso do terremoto de 1755 que devastou parte da cidade. Ao contrário do Chiado ou Bairro Alto, aqui a vida segue em ritmo mais lento sob o cheiro de sardinhas e castanhas portuguesas assadas.
O QUE FAZER EM ALFAMA
Esta imponente fortaleza foi construída na época dos visigodos, seja lá o que isso queira dizer. É tão antigo e tem tanta história que está para Lisboa assim como as Pirâmides estão para Gizé. Fenícios, gregos, cartagineses e romanos começaram a deixar rastros por aqui no século VI antes de Cristo.
No entanto, foram os árabes muçulmanos — lá por volta do ano 711 D.C — que deram essa cara moura à construção. Tanto que o nome do bairro deriva do árabe “al-hamma” que significa banhos ou fontes. Quando Dom Afonso Henriques, rei de Portugal comandou a retomada do forte, durante as sangrentas cruzadas, o Castelo de São Jorge passou a ser o Paço Real, ou seja, a casa do Rei.
Hoje abriga exposições, museus e eventos culturais. De lá dá para ver toda a cidade com o lendário Rio Tejo ao fundo. Rua de Santa Cruz, s/n. Tel. +351 218 880 620. Horários: novembro a fevereiro, 9h às 18h e março a outubro, 9h às 21h. Fecha no Natal, Ano Novo e 1º de Maio. Entrada: € 10. Pessoas de 13 a 25 anos pagam € 5. Maiores de 65 anos pagam € 8,50.