Voar pela Webjet nunca esteve nos meus planos, embora seja uma das companhias mais econômicas do Brasil. Apesar de ter recebido este ano o título da aérea brasileira mais pontual e com menos cancelamentos, ainda me assustava a quantidade de reclamações que eu via/lia nas redes sociais, principalmente, no que se refere ao atendimento ao passageiro.

Mas uma dica da Sylvia Lemos no Twitter me fez correr ao site da empresa: todo e qualquer destino estava com 50% de desconto. Fucei e até que encontrei Curitiba–Porto Alegre por R$ 30 (mais taxas). Trinta reais!!! Claro que meu cérebro não resistiu. Pensei logo numa viagenzinha pela Serra Gaúcha.

A Webjet talvez seja a única companhia aérea verdadeiramente low-cost do Brasil: apresenta tarifas baixas, mas cobra R$ 5 por marcação de assento (R$ 10 se for assento com mais espaço para as pernas) e não oferece lanche a bordo. Nem água, que, aliás, custa R$ 3. O lanche com sanduíche, bebida e chocolate fica em torno de R$ 18. Sem contar que é super rigorosa com o excesso de bagagem.

Por dentro, praticamente não há espaço para as pernas. É bem apertadinho. Cheguei a tirar fotos internas, inclusive do cardápio, mas esqueci minha maquininha tômatica dentro do avião… e nunca mais a encontrei! Ou seja, minha super e querida máquina desapareceu! E então começou nossa história com a Webjet!

Bem, só fui me dar conta de que havia deixado a câmera no banco do avião já no caminho para Bento Gonçalves. Entrei em contato com o 0300 da empresa, que me passou o número do achados e perdidos da Webjet em Porto Alegre. Durante toda a viagem, tentei ligar váááárias vezes no tal número, mas nunca ninguém respondeu – confirmando a péssima fama da empresa em relação ao atendimento de seus clientes.

Já de volta a Porto Alegre, fui diretamente ao guichê da Webjet. Ninguém sabia de nada, ninguém nada viu. Ao todo, cheguei a falar com cinco atendentes – nunca me deram um retorno, embora todos me pedissem, sempre, meus telefones e e-mail. É certo, o esquecimento da máquina foi meu. Mas mais certo ainda é que alguém ficou com ela – pode ter sido um passageiro, um comissário, o pessoal da limpeza, não sei. O que importa é que, até agora, ficou por isso mesmo! Não obtive nenhum feedback, nem para dizer “ó, desculpaê, sua máquina foi pro beleléu mesmo!”.

Se eu voaria de novo com a Webjet? Sim, com uma boa promoção e um voo curto, voaria, sim. Nossos voos saíram dentro do horário, sem nenhum atraso. É possível também fazer o check-in pela internet (menos infantil) ou pelos totens no aeroporto, o que agiliza o embarque. O detalhe definitivo: lamentavelmente por causa desse perrengue fica aquela sensação inequívoca de atendimento e confiança… zero!

Foto: Raul Mattar