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Atualizado 17/06/2015

Eu – acostumada a dirigir empresas, dar ordens, conduzir projetos, controlar meu espaço, organizar metas, liderar equipes e delegar tarefas – me vi subjugada a duas dúzias de ovos inteiros.

Eu – que só sei trabalhar no silêncio, mergulhada num universo próprio, quase autista – passei algumas horas na SudCozinha com quase 30 pessoas movidas pelo som alto e atrevido da SudVitrola. Entrei em colapso. Rá!

O certo é que eu quis muito estar ali. Só não conhecia as dores e as delícias de chegar – e ficar – ao lado d’Ela, a chef! Perdi completamente a linha de raciocínio. Aquela mulher de voz suave, tem uma força tão precisa nos movimentos que deixa qualquer um (principalmente os jacus como eu) paralisado.

Não trocamos mais do que duas palavras. O sorriso meigo de Roberta Sudbrack atravessava a minha espinha cada vez que eu apontava minha câmera para fotografar a experiência. Em algum momento tive medo de levar bronca. 🙂

Tive a impressão de que era a única café-com-leite da turma. Todo mundo se conhecia. Quem não se conhecia, se enturmou logo. Poucos estavam ali pela primeira vez.

E você vai achar que estou brincando, mas sou a pessoa mais tímida do mundo. Daquelas que não sabem onde enfiam as mãos, nem para onde olham, muito menos o que dizem em ambientes inéditos ainda mais sob forte emoção.

Por que eu não comecei pelos cursinhos de culinária do SENAC, por que fui estrear minha futura carreira de chef-matraca justo com a maior de todas elas? Desculpe, não seria possível. Eu sempre tive mania de grandeza!

Já na entrada do restaurante dei de cara com o diretor e roteirista Estevão Ciavatta, que dirigiu o premiado Brasil Legal no Fantástico e atualmente conduz o programa Um Pé de Quê? no Canal Futura – ambos estrelados por Regina Casé com quem é casado. AmoMuitoTudoIsso. Ele era um dos SudAlunos.

Mas nada é tão difícil que não possa ficar mais complexo. Atrasado para a aula, chega esbaforido um moço simpático e senta-se ao meu lado. Léo Jaime. Sim, ele. O homem que embalou boa parte da minha vida.

Ahá! Mas eu “si comportei” como uma lady. Fingi que éramos amigos de longa data, não fiquei pirigueteando, nem pedi autógrafo. Absolutamente contida. Um exemplo de matraca.