Publicado 20/10/2010
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Atualizado 21/10/2010
Frito, cozido, mexido, quente, pochet ou travestido de omelete – o ovo, por muito tempo, esteve condenado à morte. E junto com ele, execrado igualmente, estaria quem abusasse das gemas amarelo-ouro, aquelas que adoramos romper – suculentas – sobre um punhado de arroz fumegante.
É o meu prato preferido. Meu acompanhamento do pão fresco. Injustamente, de médicos a modelos, foi taxado de vilão. Receitas incrementadas com ovos de mais… significavam saúde de menos. Ficou relegado ao rol de comidas simples, sem glamour. Coisa de pobre… de espírito, eu diria!
Tremenda falta de sensibilidade. Já reinventaram o chuchu, investiram na espuma de abacate e enalteceram o aipim. Vamos dar uma chance ao ovo e suas formas perfeitas. Levemente tostadinho embaixo, saia branca suavemente enrijecida e o miolo-sol nem tão mole que chegue a espatifar – mas nem tão duro que não possa escorrer.
De tabu culinário a patrimônio imaterial da humanidade. Uma chance ao ovo!
Foto: Matraca’s Image Bank