Publicado 02/08/2018
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Atualizado 27/08/2018
Inconcebível, mas eu ainda não havia falado uma única linha sequer sobre um dos atrativos naturais mais importantes do
Paraná
(e de quebra, do
Brasil
). Fica aqui do ladinho, no município de Ponta Grossa — a menos de 100 quilômetros da capital.
Perfeito para um bate e volta desde
Curitiba. A ideia vale tanto para nós moradores da região quanto para os turistas dispostos a conhecer umas das formações geológicas mais sensacionais do país.
O parque é uma unidade de conservação formada por três pontos: os Arenitos (formações rochosas que ganharam formas inusitadas),
Furnas (grandes crateras com água no fundo) e a
Lagoa Dourada que, ao pôr do sol, fica iluminada com os raios refletidos sobre o leito.
Durante 3 anos o parque ficou fechado para revitalização. Áreas foram recuperadas e trilhas, construídas. Os passeios agora são todos feitos por caminhos de pedras. Tudo sinalizado e com guias treinados.
Mas nem sempre foi assim. Quando era criança — indo à praia, vindo de
Londrina
— meus pais paravam em
Vila Velha
(Ow, não confundir com aquela Vilha Velha do Espírito Santo. A nossa fica no Sul!) No meu tempo, século passado, era um parque aberto para farofada. O pessoal fazia churrasco, piquenique ou acampava.
Não havia controle nem política de preservação, embora fosse tombado pelo
Patrimônio Histórico e Artístico do estado desde 1966. O visitante fazia tudo por conta sem qualquer orientação. As pessoas subiam nos arenitos, deixavam marcas nas pedras, enfim, era um passeio livre de qualquer comprometimento ambiental.
Na foto à direita aparece a primeira forma esculpida pelo tempo: o camelo.
Voltar ao parque com a Mariana foi uma experiência inusitada. Projetei nela as mesmas expectativas que tínhamos ao visitar Vila Velha 30 anos atrás, quando achávamos o máximo identificar as figuras nas rochas.
Estamos falando de uma
formação geológica que remonta ao período chamado “Carbonífero” — coisa de 340 milhões de anos, no mínimo. Isso tudo já foi mar (verdade!) e sabe-se lá se algum dinossauro já não viveu por aqui (teoria conspiratória da Matracapédia).