Atualizado 17/06/2015


Rio de Janeiro Cristo Redentor

[Post atualizado em junho de 2015]

Quando leio reportagens sobre o Rio de Janeiro — a cidade mais visitada do Brasil — acho graça dos jornalistas que ficam tentando mostrar “o Rio que ninguém conhece”. É mesmo muito difícil falar de um lugar que todo mundo (sambista, poeta, cronista e autor de novela) já cantou ou mostrou em verso e prosa.


Rio Corcovado

Ora, mas o que seria de uma visita à capital fluminense se não fossem o Arpoador, a Lagoa Rodrigo de Freitas, o calçadão de Copacabana, os Arcos da Lapa, a Confeitaria Colombo, o Maracanã, a Candelária, a Floresta da Tijuca, o Mosteiro de São Bento, a Ilha Fiscal, aquele monte de praia (Ipanema, Leblon, Barra da Tijuca e Grumari), o Pão de Açúcar e o Cristo Redentor!.


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Não adianta: se você vem pela primeira vez a um lugar tem de confirmar todas as expectativas que encontrou nos guias e, hoje —mais precisamente — nos blogs de viagem de turismo espalhados pela net. Se for a segunda visita volte àqueles pontos de que mais gostou na primeira. É no caminho que você acaba descobrindo as novidades.

O Rio de Janeiro é suave, afetuoso, engraçado e tem, de fato, “um doce balanço a caminho do mar”. Não, ele não é diferente do que mostram nossos últimos filmes que ganharam prêmios mundo afora.


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Existe o lado complicado, é verdade. Mas veja, estou sugerindo que você vá fazer turismo (entende-se por fazer turismo — entre outras coisas — algo como percorrer lugares que despertam interesse e curiosidade) e isso pode incluir até o famoso Favela Tour.

A excursão antropológica mais inusitada que já vi é chamada de experiência educativa que busca uma perspectiva mais profunda da sociedade brasileira, segundo o criador do passeio, Marcelo Armstrong.


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Então, como estava falando, acho graça dos jornalistas e blogueiros que tentam mostrar, a todo custo, lugares que ninguém nunca foi, viu ou ouviu falar — ainda mais quando o destino é um dos mais famosos do mundo.

O detalhe é que eu sofro da mesma síndrome dos meus colegas de trabalho: fico tentando selecionar o que poderia ser surpreendente e inesquecível para você, sem me dar conta de que os pontos turísticos óbvios muitas vezes são os mais surpreendentes e inesquecíveis da viagem.

Mas para não perder o costume aqui vai uma listinha do que considero delicioso no Rio — ATENÇÃO — depois de passar por todos aqueles lugares do primeiro parágrafo.


Rio-de-Janeiro-Turismo-Forte-de-Copacabana-Confeitaria-Colombo-Matraqueando-Blog-de-Viagem-03

*** Tomar café da manhã na Confeitaria Colombo do Forte de Copacabana. Custa R$ 36 individual ou R$ 64 para duas pessoas (Preço de junho de 2015.) Para entrar no forte tem de pagar R$ 6,00 (o que dá acesso somente às áreas externas). Independentemente do café — com uma das melhores vistas da cidades — vale a pena visitar a construção, lugar do dramático Movimento Tenentista, em 1922.

Há outra unidade da confeitaria no centro da cidade que – fundada há mais de 120 anos – foi ponto de encontro de Villa-Lobos, Chiquinha Gonzaga, Rui Barbosa e Olavo Bilac.) A matriz é mais famosa, vale conhecer as duas, mas o Café do Forte tem um agravante: vista para praia e Morro da Urca. Veja aqui nossa visita à Colombo do Forte de Copacabana e à Colombo do centro da cidade!

*** Atravessar a ponte Rio-Niterói para visitar o Museu de Arte Contemporânea de Niterói. Em forma de disco-voador, o prédio foi projetado por Oscar Niemeyer, de onde se tem — desculpe — a melhor vista do skyline do Rio de Janeiro.


Feira de Sao cristovao Frei Damiao

*** Passar pela Feira de São Cristóvão, uma feira nordestina que ocupa 32 mil metros quadrados dedicados à culinária, música, artesanato e danças típicas do Nordeste. Apresenta, também, poetas populares, repente e literatura de cordel. Certo, eu sei que você está no Rio e quer ver samba e bossa-nova. Mas eu não resisto a uma feirinha. Veja aqui nossa visita à feira mais nordestina do Rio.

*** Conhecer o Museu do Bonde, no bairro de Santa Tereza. Uma caminhada pelo bairro (de dia) já é uma delícia e o museu tem uma exposição permanente com a história do bonde no Rio de Janeiro, com relógios registradores de passagens, uniformes antigos de condutores e até um vagão de 1907. Uma gracinha.


forte

*** Tirar uma foto ao lado da estátua de Carlos Drummond de Andrade, no fim do calçadão da praia de Copacabana. Todo mundo tira, porque você também não pode pagar esse mico? Não, engraçadinho, essa da foto acima não sou eu. Quando estive lá, a cidade recebeu aquela exposição constrangedora, a Cow Parade, em que artistas fazem suas criações e releitura em cima do pobre animal.



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*** Ir de trem ao Morro do Corcovado, onde está o Cristo Redentor, o cartão postal do Brasil. A paisagem é linda, o Cristo —goste ou não — é uma das 7 maravilhas do mundo e a visita, obrigatória. Mas chegar até lá pela centenária Estrada de Ferro do Corcovado faz a diferença.


Rio de Janeiro trenzinho Corcovado 2

O Trem do Corcovado, que já levou reis, príncipes, presidentes e artistas, é também um passeio ecológico: atravessa a maior floresta urbana do mundo, o Parque Nacional da Tijuca — um trecho ultrapreservado da mata atlântica! 😉

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